segunda-feira, 14 de julho de 2008

Você tem Medo de Quê?

Você já parou pra pensar porque sente medo e qual a sua causa? O que o deixa paralisado, sem reação, com a sensação de incapacidade para enfrentar certas situações? Este sentimento apesar de muito complexo e enraizado, é apenas uma ilusão do ego. Eu Superior = Reflexo da Totalidade = O Todo e Eu somos UMEgo = Reflexo da Separatividade = O Todo está além de mim, portanto sou só e fraco = medoO sentimento do medo faz parte da cultura humana, pois é muito comum as pessoas que acreditam ser mais fortes ou superiores dominarem aquelas que se julgam mais fracas. O sentimento de incapacidade ou de fraqueza é o resultado da crença ilusória da separatividade entre o Todo e o indivíduo. Somos o que acreditamos ser. Somos as nossas próprias crenças e responsáveis pela nossa própria vida, pelo que desejamos e atraímos. Aqui cabe lembrar a história de Davi e Golias, mostrando que nem sempre aquele que parece mais forte é...A causa da maioria dos medos está enraizada na nossa experiência diária, pois desde que nascemos somos levados a acreditar na nossa incapacidade através de imagens criadas pelos nossos pais, por alguns professores, pelos nossos “mui amigos” e pela sociedade também. Deveríamos ser aquilo que determinaram para nós, ou seja, reflexos dos seus desejos, fraquezas, preconceitos, decepções e recalques, mesmo que inconscientemente. Não estamos julgando se a intenção deles é prejudicar ou não, pois a maioria realmente é inconsciente do seu próprio Eu. Esse sistema acompanha a história humana há milênios.Deveríamos ser seguidores obedientes que não retrucam e nem lutam contra a manipulação ou dominação. Por exemplo: é comum durante a nossa infância escutarmos conselhos como "não faça isso senão o monstro te pega!", não para nos proteger, mas para nos ter sob controle. Um monstro no nosso inconsciente é algo que está muito além da nossa capacidade humana, não é mesmo? Diante dessa imagem aterradora nos sentimos inferiores e assim vamos nos tornando “ilusoriamente” fracos e oprimidos diante dos desafios. Não quero dizer que os outros sejam totalmente responsáveis pelos nossos medos; nós também somos responsáveis sendo passivos, pois a vida sempre nos dá a oportunidade de nos rebelarmos e descobrirmos a verdade sobre nós mesmos, de vencermos os nossos medos nos colocando frente a frente com eles.Dizem que o medo nos protege em questões de sobrevivência. Tudo bem, mas até que ponto o medo real se confunde com o medo irreal e nos paralisa em relação às nossas questões mais profundas? Ser cuidadoso e consciente é diferente de ser medroso. A maioria das pessoas tem medos infundados, principalmente em relação a si mesmas. Isso reflete baixa auto-estima, estagnação diante dos problemas, incapacidade de agir, de tentar por medo de errar.Para vencer o medo, precisamos resgatar o herói que existe dentro de nós. O herói ou heroína é o Eu Integral, aquela parte de nós que está eternamente ligada ao Todo, que possui a sabedoria e força necessárias para transpor qualquer obstáculo interior ou exterior. O herói é aquele que liberta do “mal”, ou seja, da sombra, da nossa ignorância em relação a nós mesmos. Precisamos nos conscientizar que somos capazes de enfrentar a vida em todos os seus aspectos, seja em circunstâncias difíceis, durante doenças ou quando temos que encarar pessoas aparentemente mais fortes (ninguém é melhor ou pior do que ninguém), etc.. É preciso acreditar na nossa própria luz, na nossa capacidade divina de solucionar qualquer problema. É preciso estar ciente do Todo e da sua força libertadora. A meditação tem o objetivo de ajudar aos que a praticam a encontrarem as respostas para as suas dúvidas e inquietações. Este trabalho é direcionado ao ser integral e propõe o resgate da identidade cósmica de cada ser, à reintegração e religação ao Todo em consciência.
Márian

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