Viver com Sinceridade
Por que sentimos tanta dificuldade em sermos verdadeiros? Por que precisamos viver nos escondendo, como se fôssemos seres incapazes de ser aceitos pelo que somos? Por que tantas máscaras, tanto fingimento, tantos sorrisos convencionais, tantas atitudes sem alma, sem coração, sem honestidade? Por que tantas respostas sem qualquer sentido? Por que vivemos na superficialidade, sem conexão com os nossos sentimentos, como robôs que se movimentam por terem sido programados para isso?Acho que a maior dificuldade de viver no mundo, hoje, é esta. Não sabemos ao certo com quem nos relacionamos, pois de um modo geral, as pessoas representam pra nós um papel e nos dizem, muitas vezes, não o que pensam, mas o que acham que gostaríamos de ouvir.Que teatro patético é este, que nos impede de conhecer a pessoa com quem estamos, que nos deixa inseguros, que nos deixa solitários mesmo quando estamos acompanhados?Por que nos ensinaram a não chorar, a não sentir, a não falar a nossa verdade, a encarar o outro como um oponente e não como um colaborador -um ser igual a nós, com medos, inseguranças, necessidades, sonhos, desejos?Acho que só há uma forma de tocarmos a pessoa com quem estamos. Abrindo-lhe o coração e assim, convidando-o a fazer o mesmo. Nada de muito estudado, controlado, medroso. Onde há medo, o amor não entra… Ser quem se é deveria ser o caminho mais fácil de ser trilhado, mas percebo que está se tornando o mais difícil. Porque para tudo existem padrões de comportamento que nos aprisionam. E, novamente por medo, vamos nos ajustando a eles e vamos nos perdendo de nós mesmos. De tal forma, que precisamos reaprender, através de exercícios de meditação e outros, a nos reconhecermos... que coisa estranha!E depois que partirmos para a nossa pátria espiritual, onde a linguagem não existe, mas a comunicação é feita pelo pensamento, como vai ser? Estaremos seguros, ao nos apresentarmos aos outros espíritos que vamos encontrar, ou ficaremos procurando nos esconder, como estávamos acostumados a fazer por aqui, no planeta? Esta idéia me ocorreu esta semana. Muitos dizem, com relação a alguém que desencarnou – pelo menos descansou! Descansou de que? Se a vida é eterna e nosso próprio espírito também? Continuaremos nossa caminhada, mas sem máscaras... sem fingimentos, pois já não cabem na dimensão para a qual iremos. E aí? Enfim, não há como a gente se esconder. É uma mera ilusão acreditar nisto. A dimensão espiritual convive com a material e estamos sendo sempre observados. Continuamente interagimos com irmãos desencarnados, mesmo que não queiramos acreditar nisso. E eles nos lêem os pensamentos e nos vêem energeticamente. Não há como mudar as cores da nossa aura; ela tem os tons de nossos sentimentos e pensamentos. Assim, fingindo, estaremos agindo como crianças imaturas, pois o número dos que nos vêem como realmente somos é muito grande.O tempo urge, estamos num momento crucial de mudança e transformação na nossa casa planetária, em todos que nos rodeiam e principalmente em nós mesmos. Será que vale a pena desperdiçar minutos tão preciosos, representando personagens que confundem o nosso verdadeiro ser e nos afastam dos outros?Mentir para quem, por que e com que finalidade? A Verdade é irmã da Beleza, do Amor e da Paz! Cada flor tem sua cor, sua textura, seu odor, seu tempo de vida, seu habitat e sua função. Sejamos flores vivas, cada um de nós um espécime único e que exala por todo o seu ser, o Deus que traz em si. Acho que assim estaremos em nós, conosco, cheios de Amor, cheios de Vida e certamente ocuparemos o lugar que é apenas nosso... sem lutas, sem invejas, sem tanto sofrimento. Apenas sendo...Cristina
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